segunda-feira, 29 de junho de 2009

Perdidamente

Quando acordamos juntos, sinto a tua pele, húmida do suor da noite, quente , e ainda que levemente, sinto-te viva, desperta, de todos os sentimentos e emoçoes que te fazem descontrolar. Sei que já pouco significado tem, sei que é mais mecanico que natural. No crepusculo da noite deitas-te a meu lado, sem falar, teus labios nos meus, maos, braços, roupas, cama, sexo... Já vejo que no mundo a capacidade de amar , amar de amar, no sentido mais lato da palavra, já nao existe, ou se existe, é muito dificil de encontrar. Dizes tu que amar é... partilhar momentos...emoçoes, alegrias, tristezas, desilusoes... amar já foi muito mais do que isso. Amar foi outrora entregar a nossa alma à(ao) nossa(o) parceira(o)... Onde se vê isso agora? Nao, amar já nao se vê na partilha de arrepios, nem na partilha do mais leve pensamento. Agora tudo sao segredos, e o que é revelado nao mostra nem a mais pequena parte do que estamos a pensar no momento. Nao, nao me digas o que é o amor, qualquer forma... virtuosa.... desfigurada... moldada e acomodada à sociedade nao me serve, amor de amor, amar de amar, sentir de sentir, o desejo puro, a ambiçao mais forte pelo corpo encaixa com o nosso na mais natural perfeiçao, isso é o amor... Isso foi o amor... Isso...

2 comentários:

  1. li tudo o que escreveste. e fiquei a chorar. es brutal, nao so no escrever, mas no sentir. como te compreendo, bolas.

    ResponderExcluir