domingo, 28 de novembro de 2010

caminhar

Enquanto percorres o teu caminho, vives momentos mais intensos que a vida, passas por pessoas com olhares distantes, vazios , retornas ao tempo em que também tu eras assim.
Choras, e choras não pelo que vês, não pelo que sentes nem pelo que sentiste, mas sim por saberes que nada mudou, nem o teu olhar, nem a tua vida.
Procuras um abraço entre a multidão, mas ninguém parece querer abrigar-te da chuva que te queima o corpo.
Mas quando fechas os olhos, vês-me aparecer por entre crianças e idosos, cães e bicicletas, e sentes o meu abraço apertado sobre o teu corpo.

E quando abres os olhos, vês que é apenas o vento que sopra traquino à tua volta, e eu posso ter partido, mas o vento que te percorre a face é a minha sombra, e o que sentes quando te toca, sou eu

2 comentários: