sábado, 9 de janeiro de 2010

Sinto-te


Na varanda, fumo um cigarro
Vejo carros a passar, e pessoas que vagueiam
Vejo árvores que tremem ao vento
E o céu constante, compreensivo
Sinto o travo amargo da erva seca
E arregalo os olhos quando vejo q'afinal
O cigarro, sabe a ti
Sabe a ti porque tudo me sabe a ti
Porque tudo te quer trazer p'ra perto
Porque mesmo quando nao estas perto
Consegues estar perto
Por isso faço dele o meu vicio, porque sei
Sei que de cada vez que fumar um cigarro
Vais invadir-me a boca com teu sabor
E vais fazer-me arder a garganta
E tirar-me o ar
Como outrora fizeste, de outra maneira.




3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada!
    Este texto, também está qualquer coisa!
    A nossa essência, fica sempre presente naquilo que fazemos, inevitavelmente.

    ResponderExcluir
  3. Obrigada Diogo! O teu tambem esta mesmo muito bom!

    ResponderExcluir